Sesmarias
Cardal
Bairradinha
Bairrada
Factos históricos
Terra de boa gente, onde ainda chegou a existir um ferreiro.
Zona onde existe uma maior riqueza florestal o que permitia ( e ainda hoje se vê) que muitas pessoas se dedicassem à indústria madeireira e à indústria da resina. Curioso ainda o facto de a madeira ter sido transportada pelo rio em direcção às fábricas papeleiras.
No Cardal existiu uma moagem para moer os cereais e um lagar mas apenas depois de a barragem encher, já que estas fábricas existiam primeiramente na Bairrada.
Foi uma aldeia onde existiram ainda alfaiates, costureiras, tanoeiros e barbeiros.
Existia uma taberna em que o dono era cego (Ti Carlos cego), é curioso que este senhor ia à vila de Ferreira do Zêzere recolher mantimentos acompanhado por uma burra, mas como era cego então a burra é que sabia o caminho.
Na fim da Bairradinha existe um local denominado por "Bateria" (Foto 7, em Bairradinha) pois foi aqui que existiu a resistência portuguesa através de canhões, contra as invasões francesas (+/- 1800 d.c.). Pessoas idosas têm guardadas em suas casas balas de canhão disparadas deste local.
Antes da construção da barragem de castelo do bode (1945), na zona de Bairrada e Bairradinha passava apenas um pequeno ribeiro, que regava todas as pequenas hortas que a população tinha, existiam lagares de azeite e azenhas para triturar os cereais,que usavam a força motriz da corrente do ribeiro para mover os componentes necessários para a produção.
Após a construção da barragem todas estas pessoas e equipamentos foram obrigados a "fugirem" das águas deslocado-se para a zona do Cardal.
Depois da barragem cheia existia um problema, pois como ainda não existiam pontes, não havia maneira de atravessar o rio. Mas um Senhor chamado António Moita que realizava os transportes entre margens de pessoas e bens, como também não existia telefone as pessoas tinham de gritar de uma margem para a outra para chamar o barco. Já neste altura este senhor também realizava passeios turísticos as Dornes e até à barragem